Fev

2016

Dessalinização. Alternativa eficiente para minimizar os problemas da escassez hídrica nos setores público e industrial



O prolongado período de estiagem na região Sudeste e Nordeste tem preocupado indústrias, população e autoridades.


Quase que a totalidade da água consumida no Brasil advém de rios, lagos, reservatórios e outras fontes de água doce in natura.


A grave situação hídrica em que se encontra o país demanda a implementação de alternativas que permitam reduzir o consumo de fontes de água doce, dentre elas destacam-se: reúso e dessalinização de água do mar – esta particularmente interessante, no Brasil, para cidades costeiras.


Em países e/ou regiões com poucos recursos hídricos, a produção de água doce a partir de água do mar é prática antiga.

No início a tecnologia utilizada era baseada em evaporação (térmica), porém, o desenvolvimento tecnológico de membranas, dispositivos recuperadores de energia mais eficientes, equipamentos de pré-filtração mais sofisticados, entre outros, permitiu difundir o processo de osmose reversa como tecnologia confiável e dentro de parâmetros econômico-financeiros aceitáveis.

Devido a sua alta salinidade, a pressão osmótica da água do mar é muito elevada e por consequência o principal insumo do sistema é energia elétrica.

O consumo de energia elétrica depende de diversos fatores, tais como características da água do mar (salinidade, temperatura, presença de algas e sólidos, etc.), qualidade da “água doce” (permeado) requerida, taxa de conversão permeado/água do mar, pré-tratamento requerido, distância e elevação da planta de tratamento em relação ao ponto de captação, etc. Tipicamente pode-se considerar que a energia total requerida no processo está entre 2,9 e 3,3 kWh/m3 de permeado produzido.

A título ilustrativo, uma planta de osmose reversa de grande porte tem capacidade de produção entre 500.000 m3/dia e 600.000 m3/dia de água, que equivale a cerca de 10-15% do consumo de água da cidade do Rio de Janeiro.



19/04/2024


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